Sebastian Sardi nasceu em 1983 em Estocolmo na Suécia. Aos vinte e dois anos começou a ter aulas de fotografia analógica na Peoples University em Estocolmo. Em 2009 mudou-se para a Dinamarca para estudar fotografia na Fatamorgana Danish School of Art and Photography. Em 2011 terminou o seu Bachelors Degree em história de Arte e Estudos Visuais. Sebastian publicou o seu primeiro livro “ A Cirkusz” em 2012. Em 2018 recebeu duas bolsas para continuar a desenvolver os seus projetos: Helge Axson Jonhson Grant e Langmaska Culture Grant. Em 2017 foi o vencedor da Open Call do festival Landskrona.
Sebastian vive e trabalha em Malmö, Copenhaga.
Black Diamond
Sebastian Sardi
Exposições
14 Set 2019 > 27 Out 2019
Nova Galeria do Largo do Paço
Os aspetos ambientais devastadores do uso do carvão e um retrato próximo das pessoas que o estão a extrair do solo no leste da Índia. Uma espessa camada de poeira fina cobre tudo nesta paisagem apocalítica. O chão está a queimar, e uma vasta área escorre com gases tóxicos, fogo e fumo. Entre tudo isto, há pessoas a cavar o solo com as próprias mãos. Em Jharkhand, na Índia, o carvão é extraído por toda a parte. Os habitantes locais chamam-lhe "Black Diamond". Há um frágil equilíbrio entre a natureza e a humanidade. A incapacidade humana de quebrar padrões é meticulosamente visível nestas fotografias, pois continuamos conscientemente a extrair o solo que temos por baixo dos nossos próprios pés. Sebastian Sardi começou o seu trabalho de fotografar minas em 2008. Black Diamond é um retrato próximo das pessoas que extraem carvão, bem como uma exploração da nossa natureza humana dualista. »Este corpo de trabalho não é uma intervenção; não pretende mudar o curso desta paisagem devastada, mas tenta criar consciência de forma a influenciar a situação. É removido o anonimato dos rostos para criar conexões cruciais com as pessoas, ao invés de criar com os fabricantes e as máquinas. Estes retratos aproximam-se uns dos outros em busca de um relacionamento, fazendo e mantendo contato visual. Em cada um destes retratos, as pessoas olham para trás, através da câmara e depois através das páginas até ao espetador. Enquanto segura este livro e lê este ensaio, alguém, em algum lugar, está a extrair carvão para dar energia elétrica às suas impressoras, computadores portáteis e telemóveis. Eles não pedem muito mais do que reconhecimento. Estes retratos representam uma pausa; as pessoas fazem uma pausa do trabalho para olhar para cima. Esta é uma forma extenuante de subsistência com um custo tremendo. «- do texto de Sukruti Anah Staneley
Sebastian Sardi
Suécia