Todos os sítios: braga centro
André Castanho
todos os sítios é uma série de fotografias realizadas na cidade de Braga entre 2018 e 2020 que procura exercer uma reflexão sobre as condições da paisagem contemporânea na sua relação com a representação fotográfica. Ensaia-se a construção de um mapa alegórico e cognitivo da cidade e da paisagem assumindo uma postura crítica e dialética entendido como parte do processo cultural de construção de paisagem. Em todos os sítios, a ideia de Paisagem, desenvolve-se através de fragmentos visuais onde a proximidade física e a justeza material procuram rebater equívocos e preconceitos que a fixam a um suposto valor transcendental da Natureza e do Território. O termo sítio surge com o intuito de desconstruir estes equívocos. Distingue-se, mormente, de lugar, pois, para além do seu significado preciso de ‘posição’ (do latim situs), manifesta também um lado mais obscuro, do ato de sitiar, mostrando como uma Paisagem composta por lugares, espaços e representações, desprezados por muitos. As fotografias têm a dupla função de documentos e de representações artísticas, servindo o propósito de se desenvolver a partir de dentro dos assuntos da Paisagem, permitindo o contacto entre aspetos do mundo real e do mundo representável, nas suas distintas dimensões: físicas, mentais e sociais.
local
→ Galeria da Estação (Braga)
horário
→ Terça a Sábado: 14h30 / 19h00
André Castanho
André Castanho (Viana do Castelo, 1988). Mestrado em Arquitetura pela Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (2007-2013) e em Fotografia pela Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa. Efetuou Erasmus na Università IUAV di Venezia (2010-2011). Efetuou as suas provas de mestrado sob orientação de Cidália Silva, em Arquitetura, e Paulo Catrica, em Fotografia. Em Erasmus foi aluno do fotógrafo italiano Guido Guidi (2011). Técnico Superior na Universidade do Minho, exercendo também a profissão de arquitecto de forma independente, contando com vários projetos construídos. O seu trabalho fotográfico desenvolve-se na área da Paisagem enquanto meio para a interpretação e reconhecimento cultural e social. Expõe regularmente desde 2016, fazendo acompanhar esta prática com a atividade de investigação publicando em revistas científicas da área.