The Truth is in the Soil é uma exploração do luto, desenvolvida durante 5 anos, que representa uma elegia ao seu pai e à quase extinta tradição do luto na Grécia. Após a sua perda pessoal, o próprio processo de luto de Sakellaraki tornou-se a lente através da qual investiga o luto coletivo na sociedade grega, a interseção de rituais ancestrais, o trauma privado, e a passagem do tempo. Profundamente inspirado pelas últimas comunidades de enlutados na Península de Mani, na Grécia, como sendo os mais respeitados de uma tradição em extinção, este trabalho incorpora um novo tipo de subjetividade, intimidade, e crítica, pela forma como explora rituais mortuários como um modo dos seres humanos se adaptarem à morte. Para a artista, essas imagens funcionam como um meio para demonstrar os perecidos ideais de vitalidade, prosperidade e pertença, tentando comunicar algo para além dos temas expostos, criando um espaço onde a morte pode existir.

Através de processos manuais e digitais, ela adiciona camadas ao que foi documentado como sendo real, direcionando o espetador entre espaços existentes e imaginários. Existem imagens de silhuetas de pessoas enlutadas a olhar as montanhas que aparentam desgastadas e frágeis, com rachaduras e danos, existem também imagens que são recortadas, marcadas e reagrupadas, como que fundindo o passado com o presente. Há uma versatilidade em toda a imagética, através da passagem do preto e branco para a cor, do abstrato para o figurado. Por fim, o trabalho de Sakellaraki atua como uma representação visual da perda gradual e irreversível da pessoa falecida na mente dos vivos, e a simultânea reconstrução das memórias.