Renascence
Rocío Bueno
Renascence é uma homenagem à vida e obra da poeta Edna St. Vincent Millay (Rockland, 1892-Austerlitz,1950) e ao que ela representou, tendo sido uma das mulheres mais influentes da poesia do século XX, porta-voz da sua geração para a igualdade de género, representante da Nova Mulher da década de 20, e primeira mulher a ganhar um Prémio Pulitzer de poesia (1923). Quis redescobri-la através de um olhar contemporâneo, criando um diálogo entre a sua obra poética e as imagens geradas a partir dela, num exercício de identificação, que fala tanto da poeta como de mim mesma, e retrata esse espírito rebelde, transgressor, livre e desafiante, mas também vulnerável e sensível, com o qual pretendo conectar-me. O trabalho é inspirado e construído a partir de uma seleção de poemas de Millay que lhe dão uma estrutura silenciosa. As imagens compõem uma história imaginada, que mistura realidade e ficção em dois mundos paralelos que se entrelaçam. A infância, a relação com a mãe, a criação artística, a vida livre e boémia, a independência, o amor sem género, o casal, o ser ou não ser mãe, o corpo, a dor e a natureza, são os temas subjacentes, numa história em que visto a pele da poetisa, para sentir como ela se sentiu e redescobrir através dela a minha mulher criativa, livre e forte. É um convite à exploração de ficções que podem ser vividas e, em simultâneo, uma inspiração no caminho de cada um.
local
→ Museu D. Diogo de Sousa (Braga)
horário
→ Terça a Domingo: 10h30–17h30
→ Segunda: Encerrado
rocío bueno
Criadora visual, fotógrafa e economista. Mestre em Fotografia e Gestão de Projetos pela EFTI — Centro Internacional de Fotografía y Cine, Madrid. Interesso-me pelo envolvimento da fotografia com outras artes visuais. Abordo questões sobre a mulher e a sua construção, as suas emoções, medos e fatores condicionantes; as suas conexões; a Herança; a memória e a sua fragilidade. Tento redefinir o invisível e construir através do fragmento. Exploro as limitações do meio fotográfico como linguagem assim como a sua relação com a memória. Exposições coletivas: Matadero, Madrid; Alcobendas Art Center; Retiro Menagerie; Huete Photography Museum, Biennial of Women in Visual Arts; Valparaíso International Festival no Chile, ou Cosmos nos Les Rencontres d’Arles. Exposições Individuais: La Cárcel no Segovia Creation Center, Espacio Mujer Madrid. 2022: Maruja Mallo room em Las Rozas, Madrid e Lonja del Cànem no Imaginaria festival, Castellón. Awards: Primeiro prémio no Baffest 2021 e uma menção honrosa nos Encontros da Imagem, em Braga com Hilo. Segundo prémio no Fine Art Book Prize no Tokyo International Foto Award e terceiro prémio no International Photography Award.