Makeshift

Curador: Vítor Nieves

Neste ano, propomos a reexposição das obras de quatro artistas que integram a coleção dos Encontros da Imagem, selecionadas em consonância com o tema desta edição, “Legados do Colonialismo”. Como não poderia deixar de ser, uma das peças incontornáveis é “Makeshift”, de Paweł Starzec, vencedor do Discovery Awards em 2017. Este foi um ano significativo para a Associação Encontros da Imagem, que celebrava o seu 30.º aniversário, enquanto o festival estreava uma nova direção sob a liderança de Carlos Fontes.

Makeshift (Improvisado)

A história é um acordo dentro de uma comunidade que estabelece a forma como uma comunidade recorda eventos passados. Desempenha um papel sem precedentes na organização e manutenção do Estado. Confiar na história significa criar uma ordem no tempo presente, enraizada no passado. Pode ser construída do zero, quando há necessidade disso. Um grupo de pessoas com uma perceção idêntica dos eventos passados torna-se unido por uma consciência coletiva. Diz-se comummente que são os vencedores que escrevem a história.

Makeshift é um projeto sobre a reescrita da história na Bósnia e Herzegovina, focando-se nas atrocidades em massa da Guerra da Bósnia, nos locais onde foram cometidas e no seu contexto apagado. Na maioria dos casos, os locais usados para manter, torturar, violar e assassinar civis foram renovados após a guerra e, assim, restaurados para o seu antigo propósito de edifícios de utilidade pública. A história é uma narração estabelecida coletivamente, por isso tem a capacidade de ser reescrita do zero, para omitir coisas que precisavam ser esquecidas.

Em 2020, o projeto foi publicado como uma peça digital em cooperação com Krzysztof Pijarski e Michał Szota, como parte do programa vnLab: makeshift.vnlab.org.

Escola de Medicina da Universidade do Minho
Universidade do Minho, Campus de Gualtar, 4710-057 Braga

Horário:

Segunda-feira – sexta-feira
09:00–17:30

Sábado e domingo
Encerrado