Emergentes Portfolio Reviews 2024

Jens Friis (MA, História da Arte Fotográfica) foi curador responsável pela coleção fotográfica do Museet for Fotokunst, Odense (Dinamarca), bem como co-diretor artístico do festival de fotografia FotoTriennale.dk iniciado pelo mesmo museu em 2003-2016. Durante este período, foi também o editor da revista bilíngue e internacionalmente reconhecida KATALOG, que continua a editar pessoalmente desde 2015. Agora, no seu 34.º ano, com um “flexi-board” editorial, colaboradores e assinantes de todo o mundo, a KATALOG é também uma plataforma internacional para projectos como a Nordic Photo Festival Network, a parceria Creative Europe Parallel e, mais recentemente, o internacional Fast Forward – Women in Photography lançado na Paris Photo e na Tate Modern em 2019. A KATALOG colaborou com os festivais de Cardiff, Glasgow, Houston, Landskrona, Lisboa, etc. Como autor, escreveu numerosos artigos para a KATALOG, outras revistas e várias introduções. Contribuiu para antologias, nomeadamente Danish Photographic History (2004) e The History of European Photography 1970-2000 (2016). Ajudando a promover novos talentos, participou em comités internacionais de nomeação para prémios como o Photo Lucida (Seattle), Voies Off (Arles), Kolga Tbilisi (Geórgia), bem como no comité consultivo da revista espanhola EXIT. Desde a sua estreia como revisor de portefólios no FotoFest em 2004, participou em mais de 70 festivais e seminários, partilhando os seus conhecimentos, conselhos e contactos, mas também recolhendo material valioso para exposições e futuras edições da revista.

Rui Prata nasceu em 1955, Sesimbra (Portugal), iniciou a sua carreira profissional como professor de História (1980-1998) e é Diretor do Museu da Imagem de Braga desde a sua abertura em 1999. Foi fundador (1987) e diretor artístico do Festival de Fotografia Encontros da Imagem – até 2013. Nos Encontros da Imagem geriu projectos nacionais e internacionais baseados na fotografia, criando uma vasta rede de contactos.

Desde 1990, tem dado palestras sobre fotografia contemporânea na Europa e no Brasil, e actuado como curador de exposições nacionais e internacionais. Prata é revisor de portefólios em vários festivais internacionais.

Em 2019 cria um novo festival de fotografia — IMAGO LISBOA — do qual é diretor artístico.

Rui Prata é licenciado em História pela Universidade do Porto, pós-graduado em Direção de Artes Plásticas pela Escola Superior Artística do Porto e mestre em Curadoria e Museologia Contemporânea pela Faculdade de Belas Artes do Porto.

Michael Weir, Diretor Executivo do Belfast Photo Festival desde 2009, é curador de exposições de arte contemporânea e, principalmente, de fotografia. Recentemente, tem-se interessado particularmente pela “fotografia aumentada” e pelas formas como as novas tecnologias alteraram este meio. Para além da curadoria de exposições, Michael Weir organiza anualmente painéis de discussão, conferências, palestras, residências, workshops e projecções de filmes com artistas como Ai Wei Wei, Alec Soth, Roger Ballen e Robert Mapplethorpe. Participou em júris de muitos prémios internacionais, incluindo o ICP Infinity Awards (Nova Iorque) e o SIFEST (Bolonha). Participa também regularmente em leituras internacionais de portefólios, nomeadamente no Rencontres d’Arles (França), Art Taipei (Taiwan), Platform20 (Suíça), Singapore International Photography Festival e Chobi Mela (Bangladesh).

Moritz Neumüller (n. Linz, Áustria, 1972) é curador, educador e ativista no campo das artes visuais. Trabalhou para instituições como o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, La Fábrica em Madrid e PhotoIreland, em Dublin. Para além disso, dirige um recurso online para artistas visuais, chamado The Curator Ship, e é curador-chefe da Photobookweek Aarhus, na Dinamarca. Projectos recentes incluem a exposição Photobook Phenomenon no CCCB Barcelona e The Routledge Companion to Photography, Representation and Social Justice, publicado pela Taylor & Francis New York. A sua prática baseada na investigação está também fortemente ligada a metodologias de investigação colaborativas e participativas e a um forte desejo de ligar as pessoas através da cultura. Juntamente com outros investigadores e artistas, Neumüller desenvolveu uma metodologia denominada Fotografia Táctil, baseada na ideia de um sistema de captação estereoscópico e de impressão 3D. Encontra-se atualmente no Japão para realizar um programa de workshops participativos, no âmbito do Programa de Residência de Investigação TOKAS, em Tóquio.

Trish Lambe é a Diretora Artística/CEO do Photo Museum Ireland, o centro nacional de fotografia contemporânea da Irlanda. É responsável pela curadoria de exposições, pela programação artística e pelo desenvolvimento da iniciativa de arquivo de artistas do museu. A sua prática curatorial está particularmente preocupada com questões sociais e políticas na Irlanda. Projectos recentes incluem o programa transfronteiriço de 5 anos Reframing the Border e o inquérito anual In Our Own Image sobre práticas contemporâneas na Irlanda. Foi a fundadora do projeto de envolvimento social Photo Album of the Irish, em curso no Museu, que explora a fotografia vernacular da Irlanda. É nomeada para prémios e comissões de artistas nacionais e internacionais, incluindo o Prémio Deutsche Borse e o Prix Pictet.

Vive e trabalha em Lisboa. Estudou fotografia na Ar.Co., Lisboa (1985) e História, na Univ. Lusíada, Lisboa (Licenciatura em 1992), o mestrado em Imagem e Comunicação, Goldsmith’s College, Londres (1997) e o doutoramento em Estudos de Fotografia, Univ. de Westminster, Londres (2011). Foi Professor Auxiliar na Universidade Lusófona (2010-2014), na ESMAE, Politécnico do Porto(2010-2014), na ESAD, Caldas da Rainha (2010-2011), no Atelier de Lisboa (2010-2016), na FBAUL, Universidade de Lisboa (2016-2020) e na Escola das Artes da Universidade Católica, Porto (desde 2011). Actualmente é investigador do Instituto de História Contemporânea da Univ. Nova de Lisboa (desde 2014). Expõe regularmente em instituições públicas e privadas desde 1997. O seu trabalho está representado em diversas colecções de arte privadas e institucionais (selecção): Colecção de Arte Contemporânea do Estado, Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, PLMJ, Novo Banco, Museum of London, Arquivo Fotográfico de Lisboa e Centro Portugês de Fotografia.

Wiktoria Michałkiewicz é uma especialista interdisciplinar com uma paixão por contar histórias, desenvolvimento de talentos, jornalismo e fotografia. O seu percurso académico engloba cinco graus académicos que incluem um doutoramento em Sociologia e mestrados em Antropologia Social e Estudos Culturais da Universidade de Estocolmo, da Universidade Autónoma de Barcelona, da Universidade Lumière Lyon 2 e da Universidade Jagiellonian. O Dr. Michałkiewicz é editor colaborador de revistas internacionais de renome, incluindo a National Geographic, a Harper’s Bazaar e a Vogue. Como produtora e curadora de exposições, foi curadora de várias exposições com artistas famosos, colaborando estreitamente com festivais internacionais e instituições conceituadas. Numa das suas funções mais recentes, desempenhou um papel fundamental na expansão da Fotografiska Stockholm para Tallinn e Nova Iorque, como parte da Fotografiska International. Em 2021, alimentada pela sua paixão pelo poder transformador da arte, estabeleceu a REZO, uma agência de consultoria global focada no desenvolvimento de talentos para artistas visuais, serviços de consultoria de arte e fusão da arte com os negócios e a academia. A Dra. Michałkiewicz trabalha frequentemente com os mais prestigiados eventos artísticos internacionais, galerias, organizações e locais como colaboradora, membro do júri, oradora e consultora.

Azu Nwagbogu é um curador internacionalmente aclamado, interessado em desenvolver novos modelos de envolvimento com questões de descolonização, restituição e repatriamento. Na sua prática, a exposição torna-se um local experimental para a reflexão, o envolvimento cívico, a ecologia e o repatriamento – tanto tangível como simbólico. Nwagbogu é o fundador e diretor da African Artists’ Foundation (AAF), uma organização sem fins lucrativos sediada em Lagos, na Nigéria. É também fundador e diretor do LagosPhoto Festival, um festival internacional anual de fotografia realizado em Lagos. É editor da Art Base Africa, um espaço virtual para descobrir e aprender sobre a arte contemporânea de África e das suas diásporas. Em 2023, foi nomeado Explorer at Large pela National Geographic Society, reconhecendo o seu empenho em explorar e documentar as diversas culturas e ambientes do mundo. Foi também nomeado curador do primeiro pavilhão da República do Benim para a Bienal de Veneza de 2024. Em 2022, Azu Nwagbogu foi nomeado um dos primeiros curadores da Buro Stedelijk, uma nova plataforma de arte africana contemporânea com sede em Amesterdão. A sua experiência em arte africana contemporânea tornou-o um orador e palestrante muito procurado em eventos artísticos em todo o mundo. Em 2022, Nwagbogu lançou também o projeto “Dig Where You Stand (DWYS) – From Coast to Coast”, que oferece um novo modelo de construção e envolvimento institucional, com questões de descolonização, restituição e repatriamento, a exposição teve lugar no centro cultural SCCA de Ibrahim Mahama em Tamale, Gana. Em 2021, foi galardoado com o prémio “Curator of Year 2021” pela Royal Photographic Society, no Reino Unido, e também foi incluído na lista das cem pessoas mais influentes no mundo da arte pela ArtReview. O principal interesse de Nwagbogu é reinventar a ideia de museu e o seu papel como um espaço cívico de envolvimento para a sociedade em geral.